BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina
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terça-feira, 4 de agosto de 2009

AYRTON SENNA DO BRASIL!!!(HISTORIA)


Nascido no dia 21 de março de 1960. Morto, tragicamente, no dia 1º de maio de 1994, durante o GP de San Marino, em Ímola. Veja abaixo um pequeno resumo de sua história no Automobilismo. Senna: O início da carreira no kart Desde a infância, Ayrton Senna sempre teve interesse pela velocidade. Aos quatro anos, ganhou seu primeiro “carro”, feito pelo seu pai, Milton da Silva. Tempos depois, Senna já pilotava karts mais potentes e chegou a guiar um modelo que fôra dos irmãos Fittipaldi na década de 60. A primeira corrida oficial foi em 1º de julho de 1973. E Ayrton, o mais jovem entre os competidores, ficou com a pole obtida através de um sorteio, a primeira pole de muitas outras que viriam em seguida. Na corrida, Senna segurou adversários mais experientes, mas abandonou depois de um toque com outro piloto. Com as vitórias se tornando cada vez mais constantes, no ano seguinte Ayrton conquistou o título Paulista da categoria Júnior. Em 1976, Senna venceria o Campeonato Brasileiro e as Três Horas de Interlagos. Na temporada seguinte, o brasileiro conquistaria o bicampeonato da prova, além do Sul-Americano no Uruguai. Uma da maior frustração de Senna, foi o título dos Campeonatos Mundiais, único título que não conquistaria na carreira. Em 1978, Ayrton, no circuito de Le Mans, foi a revelação do evento, mas terminou na 6ª colocação. Com mais três títulos de campeão brasileiro – 1979, 1980 e 1981 – tentou novamente o título mundial. Desta vez, terminou empatado em número de pontos com o campeão, o holandês Mark Koene, sendo entretanto superado no critério de desempate. Em 1980, ele voltaria a ser vice. Quando já competia na Inglaterra pela Fórmula 1600, Ayrton voltou a disputar o mundial na Itália: ficou em quarto lugar. Sua última tentativa foi em de 1982, quando teve vários problemas e acabou em 14º na Suécia. Senna: Recordista e campeão na Inglaterra Ccom alguns contatos estabelecidos na Inglaterra, Senna foi para a Europa em 1981 para disputar o campeonato da Fórmula Ford 1600. Na época, a categoria era a vedete entre as que serviam de ligação entre o kart e os campeonatos maiores. O resultado eram grids cheios e pilotos dispostos a arriscar qualquer coisa por um futuro melhor no automobilismo. Ayrton disputou 20 corridas ao longo do ano. Foram 12 vitórias, dez voltas mais rápidas e três poles, o suficiente para assegurar o título da Copa Townsend Thoresen. Mas passada a euforia pelo título, Senna sofreu uma das maiores frustações até então: um telefonema do pai, pedindo que retornasse imediatamente ao Brasil. Milton da Silva, que era um empresário de médio porte, queria o filho por perto para gerenciar os negócios da família. A brincadeira na Europa chegava ao fim naquele momento. Mas o "escritório" ao qual Ayrton estava acostumado era bem menor. Procurado pela Van Diemen para renovar seu contrato para a F-Ford 2000, em 1982, o piloto acabou conseguindo carta branca para voltar às pistas. Na nova categoria, seu domínio foi ainda maior. Ele venceu 20 das 27 corridas que disputou. O desempenho impressionante, que incluiu também 14 poles e 21 voltas mais rápidas, rendeu um convite para disputar uma etapa da F-3 na pista inglesa de Thruxton. Mesmo sem conhecer o carro, Senna venceu de ponta a ponta, com direito ainda à melhor volta. A West Surrey, equipe de ponta da Fórmula 3, não tardou em assegurar o jovem piloto Ayrton para a temporada seguinte. Senna: O título na F-3 Com um currículo invejável na Fórmula Ford, Senna chegou à F-3 Inglesa como grande promessa. Em sua única corrida pela categoria, o brasileiro havia dado um show, com pole, vitória e volta mais rápida. Embora toda a imprensa mundial apontasse Ayrton como favorito, os ingleses insistiam em super valorizar Martin Brundle, a nova estrela da casa. Durante as vinte provas da temporada o que se viu foram duelos épicos entre os dois jovens. Senna venceu nove provas seguidas, mas passou outras três sem terminar, dando margem para a recuperação do inglês. No final, Ayrton conquistou 15 vitórias – um recorde na época – e chegou ao título nacional. Brundle ganhou outras quatro provas e a única vitória que escapou da dupla ficou nas mãos do americano Ross Cheever. Brundle teria sua última chance de desbancar Senna no tradicional GP de Macau, que sempre reuniu os melhores pilotos de Fórmula 3 em todo o mundo. Mas, naquele momento, não havia nada a se fazer para parar Ayrton. A vitória, como na maior parte das vezes, veio em seguida à pole e à volta mais rápida. O bom desempenho rendeu à Senna um teste na equipe Williams, atual campeã mundial de Fórmula 1. Senna: O primeiro teste na Fórmula 1 Um brasileiro de 23 anos, destaque da F-3 Inglesa, estaria prestes a escrever a primeira linha de sua história no topo do automobilismo mundial. Como prêmio por suas vitórias, a Williams deu ao piloto a chance de testar o modelo FW7. Isso ocorreu em Donington Park, no dia 19 de julho de 1983. Aos poucos, uma a uma, as marcas foram caindo. Poucas voltas foram suficientes para que Senna quebrasse o recorde da pista, deixando a equipe impressionada. Saindo do carro, o piloto disse ao irmão Leonardo: “Isso aqui não tem mistério, é moleza”. Mas ainda não seria em 1984 que Senna correria pela Williams. Com as principais equipes fechadas para a temporada que chegava, restou ao brasileiro lutar por vagas nos times menores, e foi a Toleman, um time médio, que acolheu o futuro campeão. Senna: O estreante que impressionou todos No domingo, 25 de março de 1984, o GP Brasil mobilizava o Brasil. Todas as atenções estavam voltadas para Nelson Piquet, campeão da temporada anterior e um dos favoritos ao título. Entre os estrangeiros destacavam-se Alain Prost, Niki Lauda, Keke Rosberg, Nigel Mansell, Jacques Laffite, Renè Arnoux e Elio de Angelis, que conseguiu levar a pole-position. Num dos melhores grids da Fórmula 1, Senna ficou com a 16ª colocação, uma a frente de seu companheiro de equipe, Johnny Cecotto, campeão de motovelocidade. Mas o estreante não teve sorte. Ganhou três posições e andava em 9º quando teve problemas em seu turbo. Era a primeira das 14 provas que disputaria em 1984 e, certamente, não foi a melhor delas. As duas corridas seguintes foram muito boas para Senna. Na África do Sul, largou em 13º e chegou em 6º, marcando seus primeiros pontos na F-1. Ao final da prova, recusou maiores comemorações de Alex Hawkridge, seu chefe na Toleman: “Estou pronto para chegar ao pódio, arrume carro para isso”, disse. Três semanas depois, na Bélgica, o 6º lugar se repetiu, desta vez após uma largada em 19º. O GP de San Marino, contudo, foi desastroso. Com dois motores quebrados e impossibilitado de marcar tempo na sexta-feira, Ayrton acabou traído pela forte chuva que caiu no sábado. Pela primeira e última vez, Senna estava fora de uma corrida por não ter obtido tempo de classificação. Na França, duas semanas depois, foi traído pelo turbo, que quebrou quando estava em 5º lugar. Mas a grande prova do brasileiro em 1984 foi o GP de Mônaco. Largando de 13º, Ayrton foi passando por pilotos com muito mais experiência na F-1. Não demorou muito e encostou em Niki Lauda. Encostou e passou fácil. Já estava em segundo e Alain Prost seria a próxima vítima. Mas acabou não sendo, porque o diretor de prova, o ex-piloto belga Jack Ickx, encerrou a corrida antes da hora para, segundo se diz, dar a vitória a Prost. As corridas seguintes foram marcadas por muitas falhas mecânicas e bons treinos de classificação. A partir do GP do Canadá, Senna ficou por cinco vezes seguidas entre os dez primeiros do grid. Entretanto só completou em duas. Ficou em 7º em Montreal e subiu ao pódio em Brands Hatch, com um 3º lugar. A Toleman disputou o GPs da Alemanha, Áustria e Holanda com um único carro e, nas três provas, Senna teve problemas. Àquela altura, o brasileiro já estava acertado com a Lotus para 1985. A Toleman descobriu e chamou o italiano Pierluigi Martini para treinar em Monza. Martini sequer se classificou para a prova. A equipe acabou voltando atrás e o brasileiro disputou, ao lado de Johansson, as duas últimas provas do ano. No GP da Europa, em Nurburgring, Ayrton largou em 12º mas se envolveu num acidente com outros sete carros. Na última corrida do ano, em Portugal, Senna conseguiria sua melhor posição de largada até então: um 3º lugar, atrás de Prost e Piquet. A despedida da Toleman aconteceu no pódio, também com um 3º lugar, o que lhe rendeu a 9ª colocação no campeonato, com 13 pontos no total. Senna: Virando realidade na Lotus Piloto revelação da temporada anterior, Senna chegou à Lotus em busca da primeira vitória na Fórmula 1. Na prova de estréia, no Brasil, Ayrton foi bem nos treinos, ficando com a 4ª colocação. Na corrida um problema elétrico o tirou da prova. Na prova seguinte, em Portugal, teria melhores resultados. Senna marcou a pole e na corrida deu show: largou em primeiro, liderou todas as voltas e, em uma delas, estabeleceu a melhor marca da prova. A 1ª vitória de Ayrton Senna ocorreu sob um dilúvio no circuito do Estoril. Ali, o brasileiro ganhou um título que sempre o acompanhou: o “Rei da Chuva”. Depois disso veio uma seqüência de três poles da Lotus, duas com Senna e uma com De Angelis. O italiano venceu em San Marino, mas Ayrton não marcou pontos em nenhuma dessas provas. Senna vinha bem nos treinos, mas nas corridas era quase sempre vítima de problemas mecânicos da Lotus ou do motor da Renault, que consumia muito mais que os adversários. Na segunda metade do campeonato, contudo, as coisas melhoraram, com mais três poles, quatro pódios e uma nova vitória, esta na Bélgica, que credenciaram Ayrton Senna como piloto vencedor. No final do ano, Ayrton ficou em 4º no mundial, o melhor dentre todos os estreantes do ano. À frente dele, apenas Prost, Alboreto e Rosberg. Senna: Brigando entre os grandes A temporada 1986 começou conturbada na Lotus. Sabendo que Derek Warwick estava sendo cotado para ser seu companheiro de equipe, Senna causou polêmica ao vetar a contratação do inglês, alegando que a equipe não tinha condições de ter dois pilotos de ponta. O veto foi aceito e o companheiro escolhido foi um obscuro escocês, campeão da F-3 Inglesa: Johnny Dumfries. A primeira prova do ano seria o GP Brasil e Ayrton Senna já dividia as atenções da mídia e dos torcedores com Nelson Piquet, da Williams. Os dois dividiram a primeira fila, com Senna na pole. Na corrida, a ordem se inverteu, com Piquet em primeiro e Senna em segundo. Foi a segunda dobradinha brasileira correndo em casa. A corrida seguinte, o GP da Espanha, em Jerez, marcou a terceira vitória de Senna e também uma das menores diferenças da história da categoria. Ayrton, mais uma vez o pole, venceu Mansell por apenas 14 milésimos. Em San Marino, duas semanas depois, o brasileiro conquistou mais uma pole, mas na corrida teve problemas e abandonou. Senna vinha somando o máximo de pontos que lhe eram possíveis quando chegou a Detroit e fez a pole, depois de um jejum de três corridas. Ayrton venceu a prova, com Prost em terceiro. Foi a vingança do país pela derrota para a França na Copa do Mundo, um dia antes, e a última conquista de Senna em 86. Com poucas chances na disputa pelo título após uma seqüência de cinco maus resultados, Senna ainda marcaria três poles - um total de oito ao longo do ano - e dois pódios, ficando com a 4ª colocação no mundial que marcou o bicampeonato de Alain Prost. Senna: A despedida da Lotus Muito se especulou sobre uma possível transferência de Senna para a McLaren no início de 1987, mas o brasileiro disputaria mais uma temporada pela Lotus. A equipe iniciava uma fase de decadência e, mesmo tendo motores Honda, não deu a chance que Senna queria para brigar pelo título. O novo companheiro de equipe do brasileiro seria o simpático japonês Satoru Nakajima, indicado pela fornecedora nipônica, mais conhecido por seus acidentes que propriamente pelos seus resultados. Foi um ano amplamente dominado pela William, que conquistou 12 poles e 9 vitórias. Ayrton, que havia conquistado 8 poles em 1986, teve que se contentar com apenas uma, na pista de San Marino. Essa temporada mostrou que além de “Rei da Chuva” Ayrton era também o “Rei da Rua”, pois suas duas vitórias naquele ano foram conquistadas nas ruas de Detroit e Mônaco. Senna começou a analisar as propostas que recebia. A melhor delas era bancada pela Honda: o brasileiro iria para a McLaren, com igualdade de condições para Alain Prost e a promessa de um carro que lhe permitisse brigar pelo tão sonhado campeonato. Para o lugar de Senna, a Lotus contratou seu maior rival até então: o inimigo declarado Nelson Piquet. Senna: O primeiro título mundial, na McLaren Quatro temporadas depois de chegar à Fórmula 1, Ayrton tinha, enfim, a chance que tanto perseguira: ter um carro que lhe permitisse disputar o título. A corrida de estréia na McLaren, no Brasil, tinha tudo para ser perfeita. O modelo MP4/4, projetado por John Barnard, mostrou-se um carro excepcional e Senna garantiu a pole. O domingo, no entanto, começou mal para Ayrton. Um problema no câmbio já no grid de largada o obrigou a largar do box, na última posição. O piloto deu um show de ultrapassagens e já era o 6º colocado quando foi desclassificado sob alegação de que teria usado o carro reserva. Na corrida seguinte, em San Marino, os problemas pareciam ter chegado ao fim. Depois de treino e corrida perfeitos, Senna venceu sem maiores dificuldades, consagrando seu primeiro triunfo na nova equipe. A terceira corrida daquele ano, em Mônaco, mudou a vida de Ayrton. A vitória estava garantida e, quando liderava com quase um minuto de vantagem, Senna cometeu um erro, talvez o maior de sua carreira. O brasileiro perdeu a concentração e bateu na curva da entrada do túnel. A partir de então, Ayrton passou a trabalhar mais seu lado psicológico, visando evitar novos dissabores. O restante da temporada foi uma briga constante entre Senna e Alain Prost, seu companheiro na equipe. Em apenas uma das 16 etapas, a McLaren não saiu vencedora. Foi em Monza, quando Ayrton Senna liderava e acabou batendo no retardatário Jean Louis Schlesser. A vitória caiu no colo de Gerhard Berger, da Ferrari. O campeonato chegou ao Japão, penúltima etapa, podendo ser decidido em favor de Senna. Saindo na pole, o brasileiro teve problemas na largada e caiu para a 14ª colocação. O que se viu depois foi uma das mais fantásticas corridas de recuperação da história da Fórmula 1: Ayrton foi superando seus adversários até chegar em Alain Prost, na 27ª volta. O francês tentou reagir, mas não conseguiu conter Senna. O garoto que sonhava em chegar à Fórmula 1 e por pouco não desistiu de tudo, conquistava seu primeiro título mundial. Senna: Polêmica decisão em Suzuka Com o título de Senna o clima na McLaren não poderia ser melhor. Poder-se-ia dizer que havia satisfação geral na equipe, não fosse a honrosa exceção de Alain Prost. Desde o início da década de 80 no time, Prost sentia um misto de decepção e ciúmes. Nas cinco primeiras corridas, Senna conquistou a pole; mas não foi isso que detonou uma rivalidade declarada entre os dois. Em San Marino ambos fizeram um pacto de não agressão durante a primeira volta: ninguém tentaria ultrapassar, por questões de segurança. Pois Ayrton descumpriu o combinado e partiu para cima. A manobra valeu a vitória para o brasileiro; mas, muito mais que uma prova, Senna ganhou um inimigo. Farpas à parte, a decisão chegou mais uma vez ao Japão, palco da disputa anterior. A prova de Suzuka ilustra muito bem o clima de guerra que estava declarado: aproveitando-se da vantagem que tinha no mundial, Prost jogou o carro para cima de Senna, tentando forçar um duplo abandono. A manobra tirou Prost da prova, mas Ayrton, ajudado pelos fiscais de pista, foi para o box, trocou o spoiler dianteiro e voltou para a pista em busca da vitória, que adiaria a decisão do título. Na última volta, Senna conseguiu ultrapassar a Benetton de Alessando Nannini e comemorou a vitória como poucas vezes se viu. Mas a FIA e seu presidente Jean Marie Balestre - declarado amigo de Prost - anulou o resultado, alegando que, ao voltar à pista, o brasileiro não havia contornado a chicane. A briga de Senna com Balestre quase fez o piloto desistir da Fórmula 1, incluindo uma pesada entrevista de Senna com a imprensa internacional. Mas em 1990, lá estava Ayrton novamente em sua McLaren. Senna: Bicampeonato com revange sobre Prost A temporada de 1990 seria decisiva para Ayrton: o sonho do bicampeonato, adiado nos bastidores na temporada anterior, estava mais vivo do que nunca. Alain Prost, o principal rival, havia trocado a McLaren pela Ferrari, onde faria uma dupla explosiva com Nigel Mansell. Para o lugar do francês a McLaren contratara Gerhard Berger. Na etapa de abertura, em Phoenix, um adversário diferente incomodou o brasileiro. Com as Ferrari fora da briga, Ayrton deparou-se com um inspiradíssimo Jean Alesi, da Tyrrell. Campeão da F-3000, Jean segurou Senna enquanto pôde, mas acabou cedendo às pressões e contentando-se com a segunda posição. Um grande público lotou Interlagos para apoiar Ayrton no GP Brasil. A pole no sábado dava a entender que o longo tabu de vitórias seria quebrado. Só esqueceram de avisar ao japonês Satoru Nakajima; retardatário, o piloto fechou Senna, que perdeu o bico e várias posições, ao entrar nos boxes para trocar o conjunto danificado pela barbeiragem nipônica. No final Ayrton ainda terminou com a 3ª colocação. Mesmo em equipes diferentes a rivalidade entre Senna e Prost permaneceu a mesma. Ao longo do ano os dois foram revezando boas e más fases e, pela terceira vez, chegaram ao Japão para uma decisão do título. Disposto a não correr o risco de perder mais uma vez para o francês, Senna planejou um troco à manobra de 1989. Largando na pole, o brasileiro saiu mal e ficaria atrás de Prost na freada da primeira curva. Mas Senna fez uma opção arriscada por não frear: o acidente foi inevitável e, com ambos fora da prova, o bicampeonato estava garantido. Senna: Mais uma festa em Suzuka O ano de 1991 foi marcado por duas fases distintas para Ayrton Senna. No início do ano, com a McLaren ainda em igualdade de condições com as Williams, o brasileiro venceu as quatro primeiras provas, disparando na classificação. Entre as vitórias de Ayrton, destaque para a do GP Brasil, em Interlagos: com um carro visivelmente em frangalhos – tinha apenas a sexta marcha nas voltas finais – Senna venceu pela primeira vez correndo em casa. O piloto mal podia conter a emoção - e as fortes dores - após a prova. Mas a McLaren não conseguia desenvolver seu carro como deveria. A Honda, que sairia da Fórmula 1 ao final do ano, não desenvolvia motores com o afinco de outros tempos, e o resultado foi uma perigosa aproximação das Williams-Renault, lideradas por Nigel Mansell. Uma série de quebras e azares fez com que o título, que parecia certo no início, ficasse aberto. Quis o destino que a pista decisiva, mais uma vez, fosse a de Suzuka, no Japão. Como só a vitória interessava a Mansell, a McLaren fez um jogo de equipe buscando desconcentrar o inglês. Gerhard Berger, com pneus mais macios, largou na frente, com Senna em segundo e Nigel em terceiro. Desesperado para passar o brasileiro, Mansell passou reto na curva após a reta, perdendo qualquer chance de ser campeão. Senna ainda passou Berger na pista, mas no final abriu para a vitória do companheiro, acatando ordens do time, como agradecimento ao desempenho do austríaco. O desenvolvimento das Williams-Renault no fim de 1991 já era evidente, mas não se imaginava que já no ano seguinte a equipe fosse dominar a Fórmula 1. Munida de um aparato tecnológico inovador para a época – entre eles suspensão ativa e controle de tração – a escuderia não deu chance aos rivais. Logo nas primeiras etapas o domínio ficou evidente: Mansell venceu as cinco primeiras provas, abrindo uma folgada diferença que apenas cresceu ao longo da temporada. No final, o inglês foi campeão na Hungria, com cinco etapas de antecipação e 52 pontos a mais que Riccardo Patrese, o 2º colocado. Para Ayrton, restaram atuações isoladas, como a vitória em Mônaco e na Hungria. Mesmo nos treinos, sua especialidade, o brasileiro não teve chances: apenas uma pole em 16 etapas, contra 14 de Mansell. A definição de Senna, ainda nas primeiras etapas, foi a melhor encontrada para descrever o modelo FW14: “É um carro de outro mundo”. O domínio da Williams, marca da temporada de 1992, continuou no ano seguinte. Senna declarou que aceitaria qualquer oferta para correr pela equipe e chegou a ser procurado, mas o novo piloto teria vetado o brasileiro. O nome dele? Alain Prost. A temporada começou com o GP da África do Sul e, como no ano anterior, era impossível seguir o ritmo dos carros de Frank Williams. Apenas um fator poderia complicar a vida de Prost: a chuva. Mas, como não choveu em Kyalami, o francês não teve problemas para vencer. No Brasil, quinze dias depois, a história foi diferente. Sem chances de brigar pela pole, Senna largou em terceiro, atrás de Prost e Hill. Durante a prova, uma tempestade caiu sobre Interlagos. Com a pista completamente molhada, Senna fez a festa da torcida. Após sua segundo vitória no Brasil, Ayrton foi erguido pelos fãs, que invadiram a pista. Para quem pensou que o show de Interlagos havia sido o último do ano, Senna guardou uma atração ainda maior: o GP de Donington Park. Largando na quarta colocação, Ayrton caiu para quinto e foi passando um a um os adversários: Schumacher, Wendlinger, Hill e, por fim, Prost. Ao final da primeira volta, Senna já era líder. O feito fez com que o piloto recebesse uma justa homenagem: uma placa, colocada na entrada do circuito, em homenagem ao que foi denominado de “a primeira volta mais fantástica da história”. Mesmo com um carro inferior Ayrton conseguiu equilibrar a disputa até o GP do Canadá, quando Prost começou uma série de quatro vitórias, praticamente garantindo o título. Para terminar bem a temporada, Senna venceu as duas últimas provas, com direito a pole na Austrália. No pódio de Adelaide, Ayrton fez um dos gestos mais nobres da história da Fórmula 1. Vencedor, o brasileiro puxou Alain Prost para o degrau do primeiro colocado. Era o fim das brigas e acusações. Senna: A nova casa e a última temporada Eram passados dez anos desde que Senna havia andado pela primeira vez em um carro de Fórmula 1, justamente uma Williams, em julho de 1983. O garoto de 23 anos se transformara num tricampeão mundial, com um recorde de 62 poles e já acumulava 41 vitórias. Os carros da equipe inglesa haviam dominado as duas temporadas anteriores e a expectativa era novo massacre em 1994. Na primeira corrida, o GP Brasil, Ayrton marcou a sua primeira pole pela sua nova equipe, aumentando seu recorde de poles. Senna ia bem e liderava com relativa facilidade, mas perdeu a ponta para o alemão Michael Schumacher, a mais nova fera da categoria, no reabastecimento. No ímpeto de alcançar Michael, Ayrton Senna acabou rodando e abandonou a prova, vencida por Schumacher. Seu companheiro na Williams, Damon Hill, ficou em segundo. Passaram-se quinze dias e a F-1 foi a Aida, Japão, para a disputa do GP do Pacífico. Na pista, que recebia pela primeira vez a categoria Senna conquistou mais uma pole. O brasileiro teria mais uma vez Michael Schumacher a seu lado no grid. A corrida de Senna, contudo, acabou logo na largada: Ayrton foi atingido pela McLaren do então inexperiente Mika Hakkinen; Nicola Larini, da Ferrari, também foi envolvido no acidente. Longe das confusões, Schumacher venceu mais uma prova, fazendo 20 (pontos) a 0 no placar. A pressão sobre Senna crescia muito. Afinal, Schumacher tinha uma boa vantagem e a Williams tinha um carro tido como imbatível por todos. O fato verdadeiro é que, com a proibição dos dispositivos eletrônicos, a equipe ainda procurava um acerto ideal para voltar a ter a supremacia dos anos anteriores. Senna reclamava da instabilidade do carro que, segundo ele, estava difícil de guiar. A Williams prometeu algumas mudanças no modelo, mas Senna não teve tempo de presenciá-las. O GP de San Marino de 1994 foi o pior de todos os tempos na Fórmula 1. Na sexta-feira, Rubens Barrichello bateu forte e teve escoriações no nariz, ficando impedido de correr. A segurança da pista já era discutida quando, no treino classificatório de sábado, morreu o austríaco Roland Ratzenberger. No domingo Ayrton parecia triste, abatido e desmotivado. Alguns dizem que ele não queria correr. Outros, que Senna havia previsto sua morte. Mas a bandeira da Áustria, com a qual ele homenagearia Roland Ratzenberger caso vencesse aquela corrida, mostra que, até o fim, ele queria a vitória. Mas foi uma vitória que não veio naquele 1º de maio de 1994. O laudo do hospital Maggiore, em Bolonha, veio implacável, inapelável: Ayrton Senna da Silva, 34 anos, brasileiro, piloto de corridas, morreu. E os brasileiros nunca mais tiveram um piloto à altura para amar e idolatrar. Nunca mais houve outro Ayrton Senna da Silva!

História da Bíblia Sagrada

A Bíblia não caiu do céu já terminada. Foi-se fazendo a partir da vida real de um povo especial, tomado por Deus: os Israelitas. Eles, como «povo de Deus» procuravam conhecer a Deus e viver segundo a sua vontade. A Bíblia é a história escrita desta vivência maravilhosa. É o testemunho vivo do amor entre Deus e o seu povo.
O centro da Bíblia é Jesus Cristo, imagem viva de Deus. O Antigo Testamento não é senão o caminho para poder chegar a Jesus.

Quem escreveu a Bíblia
Em primeiro lugar esclareceremos que a palavra BÍBLIA é uma palavra grega no plural e significa livros. E assim é na realidade. Trata-se de uma biblioteca, formada por 73 livros.
Como é natural a Bíblia não foi escrita por uma única pessoa. Muitas pessoas de diversas épocas e culturas a foram escrevendo pouco a pouco. Entre eles houve ricos e pobres, camponeses e pastores, gente instruída e gente simples que só sabia contar histórias, profetas, sacerdotes e reis. Eram homens e mulheres como nós, de todas as classes sociais, mas todos unidos pela fé no mesmo Deus e o desejo de viver como irmãos, segundo o desejo de Deus. Todos deram a sua colaboração, cada um à sua maneira e estilo.
A maior parte deles não tinha consciência de estar e escrever a Palavra de Deus. Procuravam prestar um serviço aos irmãos em nome de Deus. Alguns escreveram eles mesmos, as próprias palavras ao povo. Outros não sabiam escrever; só sabiam falar e animar a fé pelo seu testemunho. As suas palavras eram transmitidas oralmente, de boca em boca, até que outras pessoas decidiram fixá-las por escrito.
Há livros da Bíblia escritos por uma só pessoa. Outros foram redigidos por vários autores, em alguns casos até de épocas diferentes, como por exemplo o livro de Isaías. Alguns textos foram desenvolvidos e reelaborados por mais de uma vez, como o começo do Génesis.
Em alguns casos o livro não foi escrito por quem diz que foi escrito, o autor usou um nome célebre para dar importância à sua obra, como por exemplo, a 2.ª carta de Pedro, que foi redigida por um discípulo seu.
As palavras de todos estes homens e mulheres contribuíram decididamente para formar e organizar o Povo de Deus. Os seus escritos nasceram da vontade deste povo, por ser fiel a Deus e a si mesmo e da sua preocupação para transmitir aos outros este mesmo desejo de fidelidade.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

História da Maçonaria


Em sentido amplo, a história da Maçonaria pode ser dividida em três períodos: o antigo ou lendário, o medieval ou operativo, e o moderno ou especulativo. Segundo alguns historiadores, do período antigo ou lendário, não se tem conhecimento sobre a sua origem, mas alcança, mais ou menos, o século V antes de Cristo, cujo advento maior é a construção do Templo de Salomão, pelos trabalhadores de pedras, que manobravam seus maços com tal maestria, que não se ouvia o bater do martelo no esquadrejamento das pedras que seriam utilizadas na edificação do Templo.
No primeiro quartel do período medieval, os "Collegias Fabrorum" do império Romano deram origem às associações de artífices de mesmas profissões, e na Alemanha, tais entidades foram denominadas de "Guildas"de operários. As associações tinham por escopo guardar os segredos das profissões, e o faziam de modo a serem confiados a poucos, após um demorado tempo de aprendizado. Naquela época, os trabalhadores de pedras, reunidos em associações ou Guildas tinham seus serviços contratados para construção de palácios, catedrais, mausoléus, pontes, etc. .
Os maçons da idade lendária e medieval são tidos pelos historiadores como maçons operativos, classificação adveniente do trabalho material de muitos, enquanto o trabalho do intelecto era privilégio de uns poucos.
O período moderno ou especulativo surgiu durante o século XVII, quando a construção de catedrais estava em declínio, o que levou muitas Guildas de trabalhadores de pedra a aceitar, como membros, pessoas de letras eruditas, que deram outro direcionamento à Maçonaria, tornando-a especulativa. Como não eram profissionais da arte da construção, foram rotulados de "maçons aceitos". Como resultado dessa evolução importante, teve início a Maçonaria, tal como é hoje conhecida.
Em 1.717, quatro Lojas Maçônicas, que se reuniram em Londres, Inglaterra, formaram a primeira Grande Loja do Mundo, a qual passou a credenciar outras Lojas e Grandes Lojas em muitos países.
O erro da maior parte dos escritores maçônicos consiste nas preocupações e tentativas de basear a história da Instituição em seu simbolismo. No entanto, a história da Maçonaria como a história do mundo, tem a sua base na tradição. Com freqüência, os Maçons classificam a Maçonaria de "Instituição Milenar", porque fazem remontar suas origens a tempos que se perdem na curva enevoada do passado. Contudo, os primórdios da Maçonaria são obscuros, bem como parte da sua história.
Este texto foi transcrito com a devida autorização, do Informativo para quem não é Maçon, de autoria da Grande Loja do Paraná.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A historia de Oskar Schindler "O HOMEM QUE SALVOU 1200 JUDEUS"

Nasceu em 28 de Abril de 1908 em Zwittau na Morávia. Filho de um industrial bastante rico, Schindler cresceu numa família muito religiosa. A sua família de classe média católica pertencia à comunidade que falava alemão nos Sudetos. O jovem Schindler, que estudava engenharia, esperando seguir os passos do seu pai e tomar conta da fábrica de máquinas agrícolas. Casou aos dezenove anos com Emilie Schindler depois de seis anos de namoro. Pouco depois, Schindler tornou-se alcoólico e começou a trair a sua mulher, tendo resultado no nascimento de duas crianças de outra mulher.

Alguns dos colegas e vizinhos amigos de Schindler eram judeus, mas não estabeleceu nenhuma amizade íntima e duradoura com nenhum deles. Tal como muitos dos jovens que falavam alemão dos Sudetos, ele inscreveu-se no partido alemão Konrad Henlein’s Sudeten, tendo-se inscrito no partido nazista depois da anexação alemã dos Sudetos em 1938.

Schindler tornou-se desempregado quando os seus pais perderam o respectivo negócio durante a grande depressão, tendo ido para Cracóvia, na Polônia, onde encontrou emprego como vendedor de máquinas.

Pouco depois do rebentar da guerra em Setembro de 1939, Schindler com 31 anos de idade foi para a ocupada Cracóvia. A cidade, casa para cerca de 60.000 judeus e sob a administração alemã, a Generalgouvernement, provou ser muito atrativa para os empresários alemães, que desejavam capitalizar as adversidades existentes no país ocupado. Naturalmente astuto e sem escrúpulos, Schindler apareceu, inicialmente, para alcançar algum sucesso por aqueles lados. Em Outubro de 1939, apropriou-se de uma fábrica até então proprietária de um judeu. Como resultado de algumas manobras — através o conselho comercial de um contabilista judeu polonês, Itzhak Stern, Schindler começou a construir a sua própria fortuna. Em Zablocie, arredores de Cracóvia, uma pequena fábrica de equipamento de cozinha para o exército alemão começou a crescer. Em apenas três meses, a fábrica já empregava cerca de 250 polonêses, incluindo sete judeus. No final de 1942, a fábrica expandiu-se para a produção de munições, ocupando cerca de 45.000 m² e empregando quase 800 homens e mulheres. Destes, 370 eram judeus do gueto de Cracóvia, estabelecido pelos alemães depois de terem entrado na cidade. Desde cedo que Schindler adotou um estilo de vida extravagante, divertindo-se à noite na companhia de altos oficiais das SS, assim como na companhia de uma mulher polonesa bastante bonita. Até certa altura, o que o colocou longe dos benefícios da guerra foi o tratamento humano para com os seus trabalhadores, nomeadamente para com os judeus.

Schindler nunca desenvolveu qualquer resistência ideológica contra o regime nazista. No entanto, a sua crescente repulsa e horror relativamente à insensível brutalidade da perseguição nazista da população judaica provocou uma curiosa transformação no oportunismo imoral. Gradualmente, o seu objetivo egoísta de ganhar dinheiro passou para segundo plano, dando mais importância ao fato de pretender salvar o máximo de judeus das execuções nazista. Uma das principais ferramentas de Schindler para a tarefa de salvar vidas prendia-se com o fato da sua fábrica ser considerada como essencial para o esforço de guerra na Polônia ocupada. Tal não servia apenas para obter contratos lucrativos com os militares mas também para retirar alguns judeus da jurisdição das SS. Quando os seus empregados eram ameaçadas com a deportação para Auschwitz por parte das SS, Schindler podia pedir para que fossem dispensados, argumentando que a sua deportação iria dificultar seriamente os esforços para manter a produção essencial para o esforço de guerra. Schindler não hesitou em falsificar os documentos, empregar crianças, domésticas e advogados como sendo experientes mecânicos. Para além disso, também foram protegidos trabalhadores sem qualificação ou temporariamente incapacitados.

A Gestapo prendeu Schindler algumas vezes, tendo chegado a interrogá-lo sobre possíveis irregularidades e favorecimento de judeus.

Em março de 1943, o gueto de Cracóvia foi liquidado, sendo os judeus que ainda restavam transportados para o campo de trabalhos forçados de Plaszóvia, nos arredores de Cracóvia. Schindler pediu ao SS-Haupsturmführer Amon Goeth, o brutal comandante do referido campo, que o deixasse estabelecer um campo secundário especial para os trabalhadores judeus da sua fábrica de Zablocie. Nesse local, era mais fácil de manter os judeus em condições relativamente toleráveis, fornecendo-lhes alimentos comprados com o próprio dinheiro no mercado negro.

No fim de 1944, Plaszóvia e todos os campos secundários tiveram de ser evacuados devido ao avanço dos russos. A maioria dos prisioneiros (mais de 20.000 homens, mulheres e crianças) foram enviados para os campos de extermínio. Ao receber ordem de evacuação, Schindler, que tinha conseguido aproximar-se do supremo comando do exército (OKW), tratou de obter autorização oficial para continuar a produção numa fábrica que ele e a sua mulher tinham estabelecido em Brünnlitz, nos Sudetos. Sendo assim, era suposto que todos os trabalhadores de Zablocie, aos quais já se tinham juntado grande parte dos trabalhadores do campo de Plaszóvia, fossem transferidos para a referida fábrica. No entanto, em vez de serem transferidos para Brünnlitz, 800 homens (entre os quais 700 judeus) e 300 mulheres da lista de Schindler foram desviados para Gross-Rosen e para Auschwitz, respectivamente.

Quando soube do sucedido, Schindler tratou de assegurar a libertação dos homens do campo de Gross-Rosen. Depois, enviou o seu secretário pessoal alemão a Auschwitz por forma a negociar a libertação das mulheres. Foi necessário pagar à Gestapo 7 marcos alemães por cabeça diariamente. Este foi o único caso na história do campo de extermínio da libertação de um grande número de prisioneiros na altura em que as câmaras de gás ainda se encontravam em funcionamento.

Uma das ações humanitárias mais notáveis levadas a cabo pelos dois Schindler envolveu 120 prisioneiros judeus de Goleszow, um dos campos secundários de Auschwitz. Os homens trabalhavam na fábrica de uma pedreira que pertencia à companhia sob a tutela das SS. Com a aproximação dos russos em Janeiro de 1945, foram evacuados para Goleszow e transportados em vagões para gado sem comida nem água. Após sete dias de caminho em pleno Inverno, os guardas das SS estacionaram os vagões às portas de Brünnlitz. Emilie Schindler foi a tempo de impedir que o comandante das SS do campo ordenasse que o comboio voltasse para trás. Schindler, que tinha regressado ao campo depois da procura de comida no exterior do campo, teve alguma dificuldades em convencer o comandante de que precisava urgentemente das pessoas que se encontravam encerradas no comboio para a fábrica.

Quando os vagões foram finalmente abertos, foram descobertos quase trinta corpos congelados. Schindler percebeu que o comandante planeava, à melhor tradição nazista, incinerar os desafortunados num dos fornos da fábrica. Schindler conseguiu que fossem cremados de acordo com o rituais religiosos judaicos numa parcela de terreno perto de um cemitério católico, que tinha sido comprado especialmente para esse fim. Os restantes 107 sobreviventes, terrivelmente enregelados e assustados, tiveram tratamento médico.

Nos últimos dias de guerra, mesmo antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. O magnata industrial do tempo de guerra encontrava-se então sem um único centavo. No entanto, organizações de judeus e grupos de sobreviventes apoiaram-no nos anos seguintes, ajudando a financiar (a longo prazo, mal sucedido) a sua emigração para a América do Sul. Quando Schindler visitou Israel em 1961, a primeira das suas setenta visitas, foi recebido e extremamente bem tratado por 220 sobreviventes. Ele continuou a viver parcialmente em Israel e na Alemanha. Depois da sua morte em Hildesheim, Alemanha, em Outubro de 1974, os sobreviventes desolados apoiaram a transferência dos restos mortais de Schindler para o Cemitério Protestante de Jerusalém, Israel. Emilie Schindler morreu a 5 de Outubro de 2001 e encontra-se enterrada na Alemanha.

A 18 de Julho de 1967, Yad Vashem decidiu reconhecer Oskar Schindler como um Honorável entre as Nações. No dia 24 de Junho de 1993, Yad Vashem decidiu reconfirmar a sua decisão original e estendendo o reconhecimento também para a mulher de Schindler, Emilie Schindler.

Fonte: alistadeschindler.utfpr.net

Oskar Schindler
Oskar Schindler nasceu em Zwittau-Brinnlitz, na Morávia antigo Império Austro-Hungaro, atual República Tcheca, em 28 de Abril de 1908 e faleceu em Hildesheim, Alemanha em 9 de Outubro de 1974.

Como empresário de cidadania alemã (Sudetos), ele se tornou célebre por ter salvo 1.100 trabalhadores judeus do Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.

Tornou-se membro do Partido Nazista após a anexação dos Sudetos em 1938. No início da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para a Polônia a fim de ganhar dinheiro aproveitando-se da situação. Em Cracóvia, abre uma fábrica de utensílios esmaltados, onde passa a empregar trabalhadores judeus. A origem destes trabalhadores era o Gueto de Cracóvia, local onde todos os judeus da cidade foram confinados.


A fábrica de Oskar Schindler em Cracóvia

Em março de 1943, o gueto foi desativado e os moradores que não foram executados no local foram enviados para o campo de concentração de Plaszow. Os operários de Schindler trabalhavam o dia todo em sua fábrica e à noite voltavam para Plaszow. Quando, em 1944, os administradores de Plaszow receberam ordens de desativar o campo, devido ao avanço das tropas russas - o que significava mandar os seus habitantes para outros campos de concentração onde seriam mortos - Oskar Schindler convenceu-os através de suborno que necessitava desses operários "especializados" e criou a famosa Lista de Schindler. Os judeus integrantes desta lista foram transferidos para a sua cidade natal de Zwittau-Brinnlitz, onde colocou-os em uma nova fábrica adquirida por ele (Brnenec).


A fábrica de Oskar Schindler em Brnenec

Ao término da guerra, 1200 judeus entre homens , mulheres e crianças foram salvos de perecer em um campo de concentração nazista. Nos últimos dias da guerra, antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. Ele livrou-se de ser preso devido aos depoimentos dos judeus a quem ajudara.

Passada a guerra, ele e a esposa Emilie foram agraciados com uma pensão vitalícia do governo de Israel em agradecimento aos seus atos humanitários. O seu nome foi inscrito, junto a uma árvore plantada por ele, na avenida Dos Justos do museu do holocausto em Jerusalém, ao lado do nome de outras cem personalidades não judias que ajudaram os judeus durante o Holocausto. Durante a guerra tornou-se próspero, mas gastou o seu dinheiro com a ajuda prestada aos judeus que salvou e com empreendimentos que não deram certo após o término da guerra.


Memorial a Oskar Schindler em Ratisbona na Baviera.

Morreu pobre em Hildesheim na Alemanha no dia 9 de outubro de 1974, com 66 anos de idade. Foi enterrado no cemitério cristão (ele era católico) no Monte Sião em Jerusalém com honras de herói.


Túmulo de Oskar Schindler em Jerusalém.

A sua história foi contada em livro (Schindler's Ark) por Thomas Keneally e, posteriormente filmada por Steven Spielberg (A Lista de Schindler) no ano de 1993. Este filme é considerado pelo próprio Spielberg e pela crítica como sua obra-prima, e apontado entre os dez melhores filmes da história de Hollywood. O filme foi filmado em preto-e-branco para criar um efeito sombrio e ambientar-se à história retratada. O filme foi o vencedor do Oscar de 1994 e Steven Spielberg levou a estátua (Oscar) de melhor direção.


Fonte: pt.wikipedia.org

Oskar Schindler


Nasceu em 28 de Abril de 1908 em Zwittau na Morávia. Filho de um industrial bastante rico, Schindler cresceu numa família muito religiosa. A sua família de classe média católica pertencia à comunidade que falava alemão nos Sudetos. O jovem Schindler, que estudava engenharia, esperava seguir os passos do seu pai e tomar conta da fábrica de máquinas agrícolas. Casou aos dezenove anos com Emilie Schindler depois de seis anos de namoro. Pouco depois, Schindler tornou-se alcoólico e começou a trair a sua mulher, tendo resultado no nascimento de duas crianças de outra mulher.

Alguns dos colegas e vizinhos amigos de Schindler eram judeus, mas não estabeleceu nenhuma amizade íntima e duradoura com nenhum deles. Tal como muitos dos jovens que falavam alemão dos Sudetos, ele inscreveu-se no partido alemão Konrad Henlein’s Sudeten, tendo-se inscrito no partido nazista depois da anexação alemã dos Sudetos em 1938.

Schindler tornou-se desempregado quando os seus pais perderam o respectivo negócio durante a grande depressão, tendo ido para Cracóvia, na Polônia, onde encontrou emprego como vendedor de máquinas.

Pouco depois do rebentar da guerra em Setembro de 1939, Schindler com 31 anos de idade foi para a ocupada Cracóvia. A cidade, casa para cerca de 60.000 judeus e sob a administração alemã, a Generalgouvernement, provou ser muito atrativa para os empresários alemães, que desejavam capitalizar as adversidades existentes no país ocupado. Naturalmente astuto e sem escrúpulos, Schindler apareceu, inicialmente, para alcançar algum sucesso por aqueles lados. Em Outubro de 1939, apropriou-se de uma fábrica até então proprietária de um judeu. Como resultado de algumas manobras — através o conselho comercial de um contabilista judeu polonês, Itzhak Stern, Schindler começou a construir a sua própria fortuna. Em Zablocie, arredores de Cracóvia, uma pequena fábrica de equipamento de cozinha para o exército alemão começou a crescer. Em apenas três meses, a fábrica já empregava cerca de 250 polonês, incluindo sete judeus. No final de 1942, a fábrica expandiu-se para a produção de munições, ocupando cerca de 45.000 m² e empregando quase 800 homens e mulheres. Destes, 370 eram judeus do gueto de Cracóvia, estabelecido pelos alemães depois de terem entrado na cidade. Desde cedo que Schindler adotou um estilo de vida extravagante, divertindo-se à noite na companhia de altos oficiais das SS, assim como na companhia de uma mulher polonesa bastante bonita. Até certa altura, o que o colocou longe dos benefícios da guerra foi o tratamento humano para com os seus trabalhadores, nomeadamente para com os judeus.

Schindler nunca desenvolveu qualquer resistência ideológica contra o regime nazista. No entanto, a sua crescente repulsa e horror relativamente à insensível brutalidade da perseguição nazista da população judaica provocou uma curiosa transformação no oportunismo imoral. Gradualmente, o seu objetivo egoísta de ganhar dinheiro passou para segundo plano, dando mais importância ao fato de pretender salvar o máximo de judeus das execuções nazista. Uma das principais ferramentas de Schindler para a tarefa de salvar vidas prendia-se com o fato da sua fábrica ser considerada como essencial para o esforço de guerra na Polônia ocupada. Tal não servia apenas para obter contratos lucrativos com os militares mas também para retirar alguns judeus da jurisdição das SS. Quando os seus empregados eram ameaçadas com a deportação para Auschwitz por parte das SS, Schindler podia pedir para que fossem dispensados, argumentando que a sua deportação iria dificultar seriamente os esforços para manter a produção essencial para o esforço de guerra. Schindler não hesitou em falsificar os documentos, empregar crianças, domésticas e advogados como sendo experientes mecânicos. Para além disso, também foram protegidos trabalhadores sem qualificação ou temporariamente incapacitados.

A Gestapo prendeu Schindler algumas vezes, tendo chegado a interrogá-lo sobre possíveis irregularidades e favorecimento de judeus.

Em março de 1943, o gueto de Cracóvia foi liquidado, sendo os judeus que ainda restavam transportados para o campo de trabalhos forçados de Plaszóvia, nos arredores de Cracóvia. Schindler pediu ao SS-Haupsturmführer Amon Goeth, o brutal comandante do referido campo, que o deixasse estabelecer um campo secundário especial para os trabalhadores judeus da sua fábrica de Zablocie. Nesse local, era mais fácil de manter os judeus em condições relativamente toleráveis, fornecendo-lhes alimentos comprados com o próprio dinheiro no mercado negro.

No fim de 1944, Plaszóvia e todos os campos secundários tiveram de ser evacuados devido ao avanço dos russos. A maioria dos prisioneiros (mais de 20.000 homens, mulheres e crianças) foram enviados para os campos de extermínio. Ao receber ordem de evacuação, Schindler, que tinha conseguido aproximar-se do supremo comando do exército (OKW), tratou de obter autorização oficial para continuar a produção numa fábrica que ele e a sua mulher tinham estabelecido em Brünnlitz, nos Sudetos. Sendo assim, era suposto que todos os trabalhadores de Zablocie, aos quais já se tinham juntado grande parte dos trabalhadores do campo de Plaszóvia, fossem transferidos para a referida fábrica. No entanto, em vez de serem transferidos para Brünnlitz, 800 homens (entre os quais 700 judeus) e 300 mulheres da lista de Schindler foram desviados para Gross-Rosen e para Auschwitz, respectivamente.

Quando soube do sucedido, Schindler tratou de assegurar a libertação dos homens do campo de Gross-Rosen. Depois, enviou o seu secretário pessoal alemão a Auschwitz por forma a negociar a libertação das mulheres. Foi necessário pagar à Gestapo 7 marcos alemães por cabeça diariamente. Este foi o único caso na história do campo de extermínio da libertação de um grande número de prisioneiros na altura em que as câmaras de gás ainda se encontravam em funcionamento.

Uma das ações humanitárias mais notáveis levadas a cabo pelos dois Schindler envolveu 120 prisioneiros judeus de Goleszow, um dos campos secundários de Auschwitz. Os homens trabalhavam na fábrica de uma pedreira que pertencia à companhia sob a tutela das SS. Com a aproximação dos russos em Janeiro de 1945, foram evacuados para Goleszow e transportados em vagões para gado sem comida nem água. Após sete dias de caminho em pleno Inverno, os guardas das SS estacionaram os vagões às portas de Brünnlitz. Emilie Schindler foi a tempo de impedir que o comandante das SS do campo ordenasse que o comboio voltasse para trás. Schindler, que tinha regressado ao campo depois da procura de comida no exterior do campo, teve alguma dificuldades em convencer o comandante de que precisava urgentemente das pessoas que se encontravam encerradas no comboio para a fábrica.

Quando os vagões foram finalmente abertos, foram descobertos quase trinta corpos congelados. Schindler percebeu que o comandante planeava, à melhor tradição nazista, incinerar os desafortunados num dos fornos da fábrica. Schindler conseguiu que fossem cremados de acordo com o rituais religiosos judaicos numa parcela de terreno perto de um cemitério católico, que tinha sido comprado especialmente para esse fim. Os restantes 107 sobreviventes, terrivelmente enregelados e assustados, tiveram tratamento médico.

Nos últimos dias de guerra, mesmo antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. O magnata industrial do tempo de guerra encontrava-se então sem um único centavo. No entanto, organizações de judeus e grupos de sobreviventes apoiaram-no nos anos seguintes, ajudando a financiar (a longo prazo, mal sucedido) a sua emigração para a América do Sul. Quando Schindler visitou Israel em 1961, a primeira das suas setenta visitas, foi recebido e extremamente bem tratado por 220 sobreviventes. Ele continuou a viver parcialmente em Israel e na Alemanha. Depois da sua morte em Hildesheim, Alemanha, em Outubro de 1974, os sobreviventes desolados apoiaram a transferência dos restos mortais de Schindler para o Cemitério Protestante de Jerusalém, Israel. Emilie Schindler morreu a 5 de Outubro de 2001 e encontra-se enterrada na Alemanha.

A 18 de Julho de 1967, Yad Vashem decidiu reconhecer Oskar Schindler como um Honorável entre as Nações. No dia 24 de Junho de 1993, Yad Vashem decidiu reconfirmar a sua decisão original e estendendo o reconhecimento também para a mulher de Schindler, Emilie Schindler.


Fonte: alistadeschindler.com

Oscar Schindler foi descrito como um cínico, um explorador ganancioso de escravos durante a 2ª Guerra Mundial, um mercador que fazia comércio no mercado negro, jogador, membro do Partido Nazi eternamente à procura de lucro, um playboy alcoólico, um desavergonhado, um mulherengo do pior tipo.

No início dos anos 60, Oscar Schindler foi honrado em Israel e declarado "Righteous" (Justo) e convidado a plantar uma árvore na Avenida dos em Jerusalém. Uma estátua no Parque dos Heróis louva-o como o salvador de mais de 1200 judeus.

Hoje há mais de 6000 descendentes dos "judeus de Schindler" a viver nos E.U.A., na Europa e em Israel.

Antes da 2ª Guerra Mundial, a população judaica da Polónia era de 3,5 milhões. Hoje são entre 3000 e 4000 pessoas.

Quem era este Oscar Schindler que começou a ganhar milhões de marcos alemães através de uma cruel exploração de trabalhadores escravos e acabou por despender até ao seu último cêntimo arriscando a sua própria vida para salvar os seus 1200 "judeus de Schindler"?

Oscar Schindler nasceu a 28 de Abril de 1908 em Zwittan na Checoslováquia. Os vizinhos mais próximos eram uma família de judeus ortodoxos cujos dois filhos se tornaram nos melhores amigos de Oscar. A família era uma das mais ricas e respeitadas de Zwittan, mas em resultado da grande depressão dos anos 30 a empresa da família foi à falência.

Oscar Schindler ficou desempregado, e juntou-se como muitos outros alemães na sua situação ao Partido Nazi. Foi recrutado pelos serviços secretos alemães para recolher informações sobre os polacos. Esta actividade tornou-o muito considerado e estimado e permitiu estabelecer muitos contactos com oficiais nazis, o que lhe viria a ser muito útil mais tarde.

Deixou a sua mulher em Zwittan e foi para Cracóvia onde se estabeleceu. Com dinheiro de judeus, reabriu uma antiga fábrica de panelas e converteu-a para produção de armamento, empregando 350 judeus, uma vez que estes eram mão de obra barata.

À medida que o tempo passava, o plano nazi conhecido como "Solução Final" começou a acelerar. Schindler viu o terror provocado pelos nazis e começou a encarar os judeus não só como trabalhadores baratos, mas também como pais, mães e crianças expostas à horrível carnificina do projecto nazi de eliminação total dos judeus.

É então que Oscar Schindler decide arriscar um plano para desviar judeus do seu destino provável nas câmaras de gás. Na sua fábrica situada no campo de trabalho em Plazow, nem os guardas nem ninguém sem autorização de Schindler é autorizado a entrar na sua fábrica. Na sua fábrica os trabalhadores passam menos fome que noutras instalações do mesmo género. Quando a quantidade de comida atinge o limite crítico, Schindler compra-a no mercado negro. Os idosos são registados como jovens de 20 anos e as crianças, registadas como adultos. Advogados, médicos e artistas eram registados como metalúrgicos e mecânicos - tudo para poderem sobreviver como elementos essenciais para a industria de guerra. Na sua fábrica ninguém é torturado, espancado ou enviado para as câmaras de gás. Schindler salvou os judeus deste destino.
Por duas vezes será preso pela GESTAPO mas, graças aos seus conhecimentos consegue ser libertado.
Durante estes anos, milhões de judeus foram mortos nos campos de concentração polacos como Treblinka, Majdanek, Sorbibor, Chelmno e Aushwitz (mesmo junto à fábrica de Oscar Schindler)
Quando os nazis foram derrotados na frente Leste, Plazow e os campos vizinhos foram dissolvidos e fechados. Schindler não tinha ilusões quanto ao que ia acontecer. Desesperadamente exerceu a sua influência, através dos seus contactos nos círculos militares e industriais em Cracóvia e Varsóvia e finalmente foi a Berlim para salvar os "seus judeus" de uma morte certa. Com a sua vida em perigo usou todos os seus poderes de persuasão, subornou sem qualquer medo, lutou e pediu...
Onde ninguém acreditaria que era possível, Schindler teve sucesso. Obteve permissão para mudar a sua fábrica de Plazow para Brinnlitz na Checoslováquia ocupada e levar consigo todos os trabalhadores judeus, coisa que mais ninguém havia conseguido durante a guerra. Desta maneira, os 1098 trabalhadores que tinham sido registados na lista de Schindler, não tiveram o mesmo destino fatal que os outros 25000 homens, mulheres e crianças de Plazow que foram enviados para as câmaras de gás de Auschwitz, a apenas 60 kms de Plazow.
Até à Libertação na Primavera de 1945. Oscar Schindler procurou assegurar de todas as maneiras possíveis a segurança dos "seus judeus". Gastou todo o seu dinheiro e mesmo as jóias da sua mulher para comprar comida e medicamentos. Criou um sanatório secreto na sua fábrica com equipamento médico comprado no mercado negro. Aqui, Emile Schindler, a sua mulher, tratava os doentes. Àqueles que não sobreviveram foi dado um funeral judeu (num lugar escondido) pago por Schindler.
Apesar da família Schindler ter à sua disposição uma enorme mansão junto a fábrica, Oscar Schindler compreendeu o medo que os judeus tinham das visitas nocturnas das SS. Em Plazow, Schindler não passou uma única noite fora do pequeno escritório da fábrica.
A fábrica continuou a produzir munições para o exército alemão durante 7 meses. Durante aquele período nenhuma munição passou nos testes de qualidade militar e por isso pôde ser utilizada. Em vez disso, eram produzidos passes militares e senhas de racionamento falsos, uniformes nazis, armas e granadas de mão.
Incansável, Schindler, conseguiu ainda convencer a GESTAPO a mandar cerca de 100 judeus belgas, dinamarqueses e húngaros para a sua fábrica para "continuar a produção de material de guerra".
Em Maio de 1945 tudo acabou. Os russos ocuparam Brinnlitz. Na noite anterior, Schindler juntou toda a gente na fábrica e despediu-se com muita emoção.
Mais tarde, as contas revelaram que Schindler tinha gasto algo como 4 milhões de marcos alemães mantendo os "seus judeus" fora dos campos da morte (uma enorme soma de dinheiro para aquele .

Oscar Schindler e os "1200 judeus de Schindler" sobreviveram. Poldek Pfefferberg, o judeu que ajudava Schindler a arranjar mercadoria no mercado negro para subornar os oficiais nazis durante a guerra, prometeu mais tarde a Schindler contar a sua história: "O senhor protegeu-nos, salvou-nos, alimentou-nos. Nós sobrevivemos ao Holocausto, à tragédia, à dura batalha, à doença, ao espancamento, às mortes! Nós temos que contar a sua história."

A vida de Schindler depois da guerra passou por uma série de fracassos. Tentou sem sucesso ser produtor de cinema e ficou privado da sua nacionalidade imediatamente a seguir à guerra. Na sequência de ameaças contra a sua vida que antigos nazis lhe fizeram pediu permissão aos E.U.A. para ir para a América, tendo-lhe sido recusado o visto por ter pertencido ao Partido Nazi. Depois disto fugiu para Buenos Aires na Argentina. Fixou-se como agricultor em 1946 tendo sido financiado pela organização da União dos Judeus e também de judeus agradecidos que nunca o esqueceram.


O ante-cristo de nome Adolf Hitler (O CARRASCO DOS JUDEUS)

domingo, 3 de maio de 2009

A Revolução Chinesa

Mao Tsé-Tung

Com cerca de 400 milhões de habitantes, a China do final do século XIX era um país submetido aos interesses das principais potências imperialistas. Essa sujeição era tão intensa que, nas praças públicas das cidades chinesas, os ocidentais davam-se direito de fincar cartazes onde se lia: “É proibida a entrada de cães e de chineses no jardim”. Para exercer sua dominação, as nações imperialistas contavam com o apoio de uma propaganda massiva e a conivência dos imperadores chineses da dinastia Manchu, que dominavam o país desde o século XVII. Esse contexto marcado por privilégios e humilhações levou inúmeros chineses a organizaram atos de rebeldia. Em 1900, por exemplo, os Boxers, membros de uma sociedade secreta que praticava o boxe sagrado, iniciaram uma revolta nacional contra os estrangeiros, mas acabaram massacrados pelos exércitos das potências ocidentais que haviam se unido contra eles. Os Boxers foram vencidos. A semente, porém, estava lançada. Aos poucos, as camadas populares foram se engajando na luta pela democracia. Finalmente, em 1911, o antigo império chinês desabou. A revolta que pôs fim à monarquia chinesa foi liderada por Sun Yat-sen, nomeado então presidente da República recém-proclamada. Sun Yat-sen, junto com seus seguidores, fundou o Kuomintag, Partido Nacional do Povo. A República chinesa, no entanto, não conseguiu fazer frente às potências estrangeiras e nem aos chefes militares locais, chamados “os senhores da guerra”. Eles possuíam enorme poder nas províncias e controlavam, juntamente com outros grandes proprietários de terra, cerca de 88% das áreas produtivas. Em 1921, com a disposição de organizar os operários, os artesãos e os 30 milhões de collies existentes no país, foi criado o Partido Comunista Chinês (PCC). Seus principais fundadores foram o intelectual Chen-Tu-xiu, o educador Peng-Pai e o ativista político Mao Tse-tung. A princípio, esse partido aliou-se ao Partido Nacional do Povo. Essa aliança, porém, durou pouco. Em 1927, o general Chiang Kai-shec assumiu o comando das tropas do Partido Nacional do Povo, disposto a submter os chefes militares locais e impor-se ao país todo. Durante as lutas que então se travaram, Chiang Kai-shec voltou-se também contra os comunistas, ordenando que os massacrassem. A partir daí, a união entre os nacionalistas e os comunistas cedeu lugar a uma guerra entre eles. Um dos episódios marcantes dessa guerra foi a Longa Marcha, uma caminhada de 10 mil quilômetros que o principal líder comunista, Mao Tse-tung, empreendeu com mais de 100 mil pessoas em direção ao noroeste do país com o objetivo de escapar ao cerco inimigo. Durante a caminhada, muitas pessoas morreram, outras ficaram pelo caminho organizando os camponeses, que haviam se transformado na principal base de apoio dos comunistas. Apenas 9 mil chegaram ao destino final, a província de Shensi, onde se ergueu o quartel-general das tropas maoístas. A prolongada guerra entre nacionalistas e comunistas foi interrompida apenas duas vezes. A primeira, em 1937, quando se uniram para lutar contra o Japão que havia invadido a Manchúria, no norte do país. A segunda, durante a Segunda Guerra Mundial, para enfrentar as forças nazi-fascistas. Com o final da Segunda Guerra, os japoneses foram expulsos do território chinês e as tropas de Chiang Kai-shec, com o apoio bélico dos Estados Unidos, lançaram uma ofensiva contra os “vermelhos” de Mao Tse-tung, reiniciando, então, o conflito armado. Mesmo sem a ajuda da maior potência comunista, a União Soviética, dirigida na época por Stálin, as forças de Mao conseguiram a vitória. Em 1º de outubro de 1949, conquistaram o poder e proclamaram a República Popular da China. Chiang Kai-shec e o que restava de seu governo refugiaram-se na ilha de Formosa (Taiwan), onde instalaram a China Nacionalista.

Revolução Cubana

Fidel e Che: duas das principais lideranças que conduziram a Revolução Cubana, em 1959.

Sendo uma das últimas nações a se tornarem independentes no continente americano, Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos neste processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa intervenção foi a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país.Dessa maneira, Cuba pouco a pouco se transformou no famoso “quintal” de grandes empresas estadunidenses. Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado fragilizado e subserviente. De fato, ao longo de sua história depois da independência, Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos EUA.Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais que se contrastavam com o luxo e a riqueza existente nos night clubs e cassinos destinados a uma minoria privilegiada. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos. Foi nesse tenso cenário que um grupo de guerrilheiros se formou com o propósito de tomar o governo pela força das armas.Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.Entre outras propostas, o novo governo defendia a realização de uma ampla reforma agrária e o controle governamental sob as indústrias do país. Obviamente, tais proposições contrariavam diretamente os interesses dos EUA, que respondeu aos projetos cubanos com a suspensão das importações do açúcar cubano. Dessa forma, o governo de Fidel acabou se aproximando do bloco soviético para que pudesse dar sustentação ao novo poder instalado.A aproximação com o bloco socialista rendeu novas retaliações dos EUA que, sob o governo de John Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com o país. A ação tomada no início de 1961 foi logo seguida por uma tentativa de contra-golpe, onde um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar - sem sucesso - uma guerra civil que marcou a chamada invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo Fidel Castro reafirmou os laços com a URSS ao definir Cuba como uma nação socialista.Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis apontados para o território estadunidense. A chamada “crise dos mísseis” marcou mais um ponto da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, provocou o isolamento do bloco capitalista contra a ilha socialista.Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem sucedidos projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco socialista exigiu a reformulação da política econômica do país.Em 2008, com a saída do presidente Fidel Castro do governo e a eleição do presidente Barack Obama, vários analistas políticos passaram a enxergar uma possível aproximação entre Cuba e Estados Unidos da América. Em meio a tantas especulações, podemos afirmar que vários indícios levam a crer na escrita de uma nova página na história da ilha que, durante décadas, representou o ideal socialista no continente americano.