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sexta-feira, 22 de maio de 2009

A historia de Oskar Schindler "O HOMEM QUE SALVOU 1200 JUDEUS"

Nasceu em 28 de Abril de 1908 em Zwittau na Morávia. Filho de um industrial bastante rico, Schindler cresceu numa família muito religiosa. A sua família de classe média católica pertencia à comunidade que falava alemão nos Sudetos. O jovem Schindler, que estudava engenharia, esperando seguir os passos do seu pai e tomar conta da fábrica de máquinas agrícolas. Casou aos dezenove anos com Emilie Schindler depois de seis anos de namoro. Pouco depois, Schindler tornou-se alcoólico e começou a trair a sua mulher, tendo resultado no nascimento de duas crianças de outra mulher.

Alguns dos colegas e vizinhos amigos de Schindler eram judeus, mas não estabeleceu nenhuma amizade íntima e duradoura com nenhum deles. Tal como muitos dos jovens que falavam alemão dos Sudetos, ele inscreveu-se no partido alemão Konrad Henlein’s Sudeten, tendo-se inscrito no partido nazista depois da anexação alemã dos Sudetos em 1938.

Schindler tornou-se desempregado quando os seus pais perderam o respectivo negócio durante a grande depressão, tendo ido para Cracóvia, na Polônia, onde encontrou emprego como vendedor de máquinas.

Pouco depois do rebentar da guerra em Setembro de 1939, Schindler com 31 anos de idade foi para a ocupada Cracóvia. A cidade, casa para cerca de 60.000 judeus e sob a administração alemã, a Generalgouvernement, provou ser muito atrativa para os empresários alemães, que desejavam capitalizar as adversidades existentes no país ocupado. Naturalmente astuto e sem escrúpulos, Schindler apareceu, inicialmente, para alcançar algum sucesso por aqueles lados. Em Outubro de 1939, apropriou-se de uma fábrica até então proprietária de um judeu. Como resultado de algumas manobras — através o conselho comercial de um contabilista judeu polonês, Itzhak Stern, Schindler começou a construir a sua própria fortuna. Em Zablocie, arredores de Cracóvia, uma pequena fábrica de equipamento de cozinha para o exército alemão começou a crescer. Em apenas três meses, a fábrica já empregava cerca de 250 polonêses, incluindo sete judeus. No final de 1942, a fábrica expandiu-se para a produção de munições, ocupando cerca de 45.000 m² e empregando quase 800 homens e mulheres. Destes, 370 eram judeus do gueto de Cracóvia, estabelecido pelos alemães depois de terem entrado na cidade. Desde cedo que Schindler adotou um estilo de vida extravagante, divertindo-se à noite na companhia de altos oficiais das SS, assim como na companhia de uma mulher polonesa bastante bonita. Até certa altura, o que o colocou longe dos benefícios da guerra foi o tratamento humano para com os seus trabalhadores, nomeadamente para com os judeus.

Schindler nunca desenvolveu qualquer resistência ideológica contra o regime nazista. No entanto, a sua crescente repulsa e horror relativamente à insensível brutalidade da perseguição nazista da população judaica provocou uma curiosa transformação no oportunismo imoral. Gradualmente, o seu objetivo egoísta de ganhar dinheiro passou para segundo plano, dando mais importância ao fato de pretender salvar o máximo de judeus das execuções nazista. Uma das principais ferramentas de Schindler para a tarefa de salvar vidas prendia-se com o fato da sua fábrica ser considerada como essencial para o esforço de guerra na Polônia ocupada. Tal não servia apenas para obter contratos lucrativos com os militares mas também para retirar alguns judeus da jurisdição das SS. Quando os seus empregados eram ameaçadas com a deportação para Auschwitz por parte das SS, Schindler podia pedir para que fossem dispensados, argumentando que a sua deportação iria dificultar seriamente os esforços para manter a produção essencial para o esforço de guerra. Schindler não hesitou em falsificar os documentos, empregar crianças, domésticas e advogados como sendo experientes mecânicos. Para além disso, também foram protegidos trabalhadores sem qualificação ou temporariamente incapacitados.

A Gestapo prendeu Schindler algumas vezes, tendo chegado a interrogá-lo sobre possíveis irregularidades e favorecimento de judeus.

Em março de 1943, o gueto de Cracóvia foi liquidado, sendo os judeus que ainda restavam transportados para o campo de trabalhos forçados de Plaszóvia, nos arredores de Cracóvia. Schindler pediu ao SS-Haupsturmführer Amon Goeth, o brutal comandante do referido campo, que o deixasse estabelecer um campo secundário especial para os trabalhadores judeus da sua fábrica de Zablocie. Nesse local, era mais fácil de manter os judeus em condições relativamente toleráveis, fornecendo-lhes alimentos comprados com o próprio dinheiro no mercado negro.

No fim de 1944, Plaszóvia e todos os campos secundários tiveram de ser evacuados devido ao avanço dos russos. A maioria dos prisioneiros (mais de 20.000 homens, mulheres e crianças) foram enviados para os campos de extermínio. Ao receber ordem de evacuação, Schindler, que tinha conseguido aproximar-se do supremo comando do exército (OKW), tratou de obter autorização oficial para continuar a produção numa fábrica que ele e a sua mulher tinham estabelecido em Brünnlitz, nos Sudetos. Sendo assim, era suposto que todos os trabalhadores de Zablocie, aos quais já se tinham juntado grande parte dos trabalhadores do campo de Plaszóvia, fossem transferidos para a referida fábrica. No entanto, em vez de serem transferidos para Brünnlitz, 800 homens (entre os quais 700 judeus) e 300 mulheres da lista de Schindler foram desviados para Gross-Rosen e para Auschwitz, respectivamente.

Quando soube do sucedido, Schindler tratou de assegurar a libertação dos homens do campo de Gross-Rosen. Depois, enviou o seu secretário pessoal alemão a Auschwitz por forma a negociar a libertação das mulheres. Foi necessário pagar à Gestapo 7 marcos alemães por cabeça diariamente. Este foi o único caso na história do campo de extermínio da libertação de um grande número de prisioneiros na altura em que as câmaras de gás ainda se encontravam em funcionamento.

Uma das ações humanitárias mais notáveis levadas a cabo pelos dois Schindler envolveu 120 prisioneiros judeus de Goleszow, um dos campos secundários de Auschwitz. Os homens trabalhavam na fábrica de uma pedreira que pertencia à companhia sob a tutela das SS. Com a aproximação dos russos em Janeiro de 1945, foram evacuados para Goleszow e transportados em vagões para gado sem comida nem água. Após sete dias de caminho em pleno Inverno, os guardas das SS estacionaram os vagões às portas de Brünnlitz. Emilie Schindler foi a tempo de impedir que o comandante das SS do campo ordenasse que o comboio voltasse para trás. Schindler, que tinha regressado ao campo depois da procura de comida no exterior do campo, teve alguma dificuldades em convencer o comandante de que precisava urgentemente das pessoas que se encontravam encerradas no comboio para a fábrica.

Quando os vagões foram finalmente abertos, foram descobertos quase trinta corpos congelados. Schindler percebeu que o comandante planeava, à melhor tradição nazista, incinerar os desafortunados num dos fornos da fábrica. Schindler conseguiu que fossem cremados de acordo com o rituais religiosos judaicos numa parcela de terreno perto de um cemitério católico, que tinha sido comprado especialmente para esse fim. Os restantes 107 sobreviventes, terrivelmente enregelados e assustados, tiveram tratamento médico.

Nos últimos dias de guerra, mesmo antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. O magnata industrial do tempo de guerra encontrava-se então sem um único centavo. No entanto, organizações de judeus e grupos de sobreviventes apoiaram-no nos anos seguintes, ajudando a financiar (a longo prazo, mal sucedido) a sua emigração para a América do Sul. Quando Schindler visitou Israel em 1961, a primeira das suas setenta visitas, foi recebido e extremamente bem tratado por 220 sobreviventes. Ele continuou a viver parcialmente em Israel e na Alemanha. Depois da sua morte em Hildesheim, Alemanha, em Outubro de 1974, os sobreviventes desolados apoiaram a transferência dos restos mortais de Schindler para o Cemitério Protestante de Jerusalém, Israel. Emilie Schindler morreu a 5 de Outubro de 2001 e encontra-se enterrada na Alemanha.

A 18 de Julho de 1967, Yad Vashem decidiu reconhecer Oskar Schindler como um Honorável entre as Nações. No dia 24 de Junho de 1993, Yad Vashem decidiu reconfirmar a sua decisão original e estendendo o reconhecimento também para a mulher de Schindler, Emilie Schindler.

Fonte: alistadeschindler.utfpr.net

Oskar Schindler
Oskar Schindler nasceu em Zwittau-Brinnlitz, na Morávia antigo Império Austro-Hungaro, atual República Tcheca, em 28 de Abril de 1908 e faleceu em Hildesheim, Alemanha em 9 de Outubro de 1974.

Como empresário de cidadania alemã (Sudetos), ele se tornou célebre por ter salvo 1.100 trabalhadores judeus do Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.

Tornou-se membro do Partido Nazista após a anexação dos Sudetos em 1938. No início da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para a Polônia a fim de ganhar dinheiro aproveitando-se da situação. Em Cracóvia, abre uma fábrica de utensílios esmaltados, onde passa a empregar trabalhadores judeus. A origem destes trabalhadores era o Gueto de Cracóvia, local onde todos os judeus da cidade foram confinados.


A fábrica de Oskar Schindler em Cracóvia

Em março de 1943, o gueto foi desativado e os moradores que não foram executados no local foram enviados para o campo de concentração de Plaszow. Os operários de Schindler trabalhavam o dia todo em sua fábrica e à noite voltavam para Plaszow. Quando, em 1944, os administradores de Plaszow receberam ordens de desativar o campo, devido ao avanço das tropas russas - o que significava mandar os seus habitantes para outros campos de concentração onde seriam mortos - Oskar Schindler convenceu-os através de suborno que necessitava desses operários "especializados" e criou a famosa Lista de Schindler. Os judeus integrantes desta lista foram transferidos para a sua cidade natal de Zwittau-Brinnlitz, onde colocou-os em uma nova fábrica adquirida por ele (Brnenec).


A fábrica de Oskar Schindler em Brnenec

Ao término da guerra, 1200 judeus entre homens , mulheres e crianças foram salvos de perecer em um campo de concentração nazista. Nos últimos dias da guerra, antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. Ele livrou-se de ser preso devido aos depoimentos dos judeus a quem ajudara.

Passada a guerra, ele e a esposa Emilie foram agraciados com uma pensão vitalícia do governo de Israel em agradecimento aos seus atos humanitários. O seu nome foi inscrito, junto a uma árvore plantada por ele, na avenida Dos Justos do museu do holocausto em Jerusalém, ao lado do nome de outras cem personalidades não judias que ajudaram os judeus durante o Holocausto. Durante a guerra tornou-se próspero, mas gastou o seu dinheiro com a ajuda prestada aos judeus que salvou e com empreendimentos que não deram certo após o término da guerra.


Memorial a Oskar Schindler em Ratisbona na Baviera.

Morreu pobre em Hildesheim na Alemanha no dia 9 de outubro de 1974, com 66 anos de idade. Foi enterrado no cemitério cristão (ele era católico) no Monte Sião em Jerusalém com honras de herói.


Túmulo de Oskar Schindler em Jerusalém.

A sua história foi contada em livro (Schindler's Ark) por Thomas Keneally e, posteriormente filmada por Steven Spielberg (A Lista de Schindler) no ano de 1993. Este filme é considerado pelo próprio Spielberg e pela crítica como sua obra-prima, e apontado entre os dez melhores filmes da história de Hollywood. O filme foi filmado em preto-e-branco para criar um efeito sombrio e ambientar-se à história retratada. O filme foi o vencedor do Oscar de 1994 e Steven Spielberg levou a estátua (Oscar) de melhor direção.


Fonte: pt.wikipedia.org

Oskar Schindler


Nasceu em 28 de Abril de 1908 em Zwittau na Morávia. Filho de um industrial bastante rico, Schindler cresceu numa família muito religiosa. A sua família de classe média católica pertencia à comunidade que falava alemão nos Sudetos. O jovem Schindler, que estudava engenharia, esperava seguir os passos do seu pai e tomar conta da fábrica de máquinas agrícolas. Casou aos dezenove anos com Emilie Schindler depois de seis anos de namoro. Pouco depois, Schindler tornou-se alcoólico e começou a trair a sua mulher, tendo resultado no nascimento de duas crianças de outra mulher.

Alguns dos colegas e vizinhos amigos de Schindler eram judeus, mas não estabeleceu nenhuma amizade íntima e duradoura com nenhum deles. Tal como muitos dos jovens que falavam alemão dos Sudetos, ele inscreveu-se no partido alemão Konrad Henlein’s Sudeten, tendo-se inscrito no partido nazista depois da anexação alemã dos Sudetos em 1938.

Schindler tornou-se desempregado quando os seus pais perderam o respectivo negócio durante a grande depressão, tendo ido para Cracóvia, na Polônia, onde encontrou emprego como vendedor de máquinas.

Pouco depois do rebentar da guerra em Setembro de 1939, Schindler com 31 anos de idade foi para a ocupada Cracóvia. A cidade, casa para cerca de 60.000 judeus e sob a administração alemã, a Generalgouvernement, provou ser muito atrativa para os empresários alemães, que desejavam capitalizar as adversidades existentes no país ocupado. Naturalmente astuto e sem escrúpulos, Schindler apareceu, inicialmente, para alcançar algum sucesso por aqueles lados. Em Outubro de 1939, apropriou-se de uma fábrica até então proprietária de um judeu. Como resultado de algumas manobras — através o conselho comercial de um contabilista judeu polonês, Itzhak Stern, Schindler começou a construir a sua própria fortuna. Em Zablocie, arredores de Cracóvia, uma pequena fábrica de equipamento de cozinha para o exército alemão começou a crescer. Em apenas três meses, a fábrica já empregava cerca de 250 polonês, incluindo sete judeus. No final de 1942, a fábrica expandiu-se para a produção de munições, ocupando cerca de 45.000 m² e empregando quase 800 homens e mulheres. Destes, 370 eram judeus do gueto de Cracóvia, estabelecido pelos alemães depois de terem entrado na cidade. Desde cedo que Schindler adotou um estilo de vida extravagante, divertindo-se à noite na companhia de altos oficiais das SS, assim como na companhia de uma mulher polonesa bastante bonita. Até certa altura, o que o colocou longe dos benefícios da guerra foi o tratamento humano para com os seus trabalhadores, nomeadamente para com os judeus.

Schindler nunca desenvolveu qualquer resistência ideológica contra o regime nazista. No entanto, a sua crescente repulsa e horror relativamente à insensível brutalidade da perseguição nazista da população judaica provocou uma curiosa transformação no oportunismo imoral. Gradualmente, o seu objetivo egoísta de ganhar dinheiro passou para segundo plano, dando mais importância ao fato de pretender salvar o máximo de judeus das execuções nazista. Uma das principais ferramentas de Schindler para a tarefa de salvar vidas prendia-se com o fato da sua fábrica ser considerada como essencial para o esforço de guerra na Polônia ocupada. Tal não servia apenas para obter contratos lucrativos com os militares mas também para retirar alguns judeus da jurisdição das SS. Quando os seus empregados eram ameaçadas com a deportação para Auschwitz por parte das SS, Schindler podia pedir para que fossem dispensados, argumentando que a sua deportação iria dificultar seriamente os esforços para manter a produção essencial para o esforço de guerra. Schindler não hesitou em falsificar os documentos, empregar crianças, domésticas e advogados como sendo experientes mecânicos. Para além disso, também foram protegidos trabalhadores sem qualificação ou temporariamente incapacitados.

A Gestapo prendeu Schindler algumas vezes, tendo chegado a interrogá-lo sobre possíveis irregularidades e favorecimento de judeus.

Em março de 1943, o gueto de Cracóvia foi liquidado, sendo os judeus que ainda restavam transportados para o campo de trabalhos forçados de Plaszóvia, nos arredores de Cracóvia. Schindler pediu ao SS-Haupsturmführer Amon Goeth, o brutal comandante do referido campo, que o deixasse estabelecer um campo secundário especial para os trabalhadores judeus da sua fábrica de Zablocie. Nesse local, era mais fácil de manter os judeus em condições relativamente toleráveis, fornecendo-lhes alimentos comprados com o próprio dinheiro no mercado negro.

No fim de 1944, Plaszóvia e todos os campos secundários tiveram de ser evacuados devido ao avanço dos russos. A maioria dos prisioneiros (mais de 20.000 homens, mulheres e crianças) foram enviados para os campos de extermínio. Ao receber ordem de evacuação, Schindler, que tinha conseguido aproximar-se do supremo comando do exército (OKW), tratou de obter autorização oficial para continuar a produção numa fábrica que ele e a sua mulher tinham estabelecido em Brünnlitz, nos Sudetos. Sendo assim, era suposto que todos os trabalhadores de Zablocie, aos quais já se tinham juntado grande parte dos trabalhadores do campo de Plaszóvia, fossem transferidos para a referida fábrica. No entanto, em vez de serem transferidos para Brünnlitz, 800 homens (entre os quais 700 judeus) e 300 mulheres da lista de Schindler foram desviados para Gross-Rosen e para Auschwitz, respectivamente.

Quando soube do sucedido, Schindler tratou de assegurar a libertação dos homens do campo de Gross-Rosen. Depois, enviou o seu secretário pessoal alemão a Auschwitz por forma a negociar a libertação das mulheres. Foi necessário pagar à Gestapo 7 marcos alemães por cabeça diariamente. Este foi o único caso na história do campo de extermínio da libertação de um grande número de prisioneiros na altura em que as câmaras de gás ainda se encontravam em funcionamento.

Uma das ações humanitárias mais notáveis levadas a cabo pelos dois Schindler envolveu 120 prisioneiros judeus de Goleszow, um dos campos secundários de Auschwitz. Os homens trabalhavam na fábrica de uma pedreira que pertencia à companhia sob a tutela das SS. Com a aproximação dos russos em Janeiro de 1945, foram evacuados para Goleszow e transportados em vagões para gado sem comida nem água. Após sete dias de caminho em pleno Inverno, os guardas das SS estacionaram os vagões às portas de Brünnlitz. Emilie Schindler foi a tempo de impedir que o comandante das SS do campo ordenasse que o comboio voltasse para trás. Schindler, que tinha regressado ao campo depois da procura de comida no exterior do campo, teve alguma dificuldades em convencer o comandante de que precisava urgentemente das pessoas que se encontravam encerradas no comboio para a fábrica.

Quando os vagões foram finalmente abertos, foram descobertos quase trinta corpos congelados. Schindler percebeu que o comandante planeava, à melhor tradição nazista, incinerar os desafortunados num dos fornos da fábrica. Schindler conseguiu que fossem cremados de acordo com o rituais religiosos judaicos numa parcela de terreno perto de um cemitério católico, que tinha sido comprado especialmente para esse fim. Os restantes 107 sobreviventes, terrivelmente enregelados e assustados, tiveram tratamento médico.

Nos últimos dias de guerra, mesmo antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. O magnata industrial do tempo de guerra encontrava-se então sem um único centavo. No entanto, organizações de judeus e grupos de sobreviventes apoiaram-no nos anos seguintes, ajudando a financiar (a longo prazo, mal sucedido) a sua emigração para a América do Sul. Quando Schindler visitou Israel em 1961, a primeira das suas setenta visitas, foi recebido e extremamente bem tratado por 220 sobreviventes. Ele continuou a viver parcialmente em Israel e na Alemanha. Depois da sua morte em Hildesheim, Alemanha, em Outubro de 1974, os sobreviventes desolados apoiaram a transferência dos restos mortais de Schindler para o Cemitério Protestante de Jerusalém, Israel. Emilie Schindler morreu a 5 de Outubro de 2001 e encontra-se enterrada na Alemanha.

A 18 de Julho de 1967, Yad Vashem decidiu reconhecer Oskar Schindler como um Honorável entre as Nações. No dia 24 de Junho de 1993, Yad Vashem decidiu reconfirmar a sua decisão original e estendendo o reconhecimento também para a mulher de Schindler, Emilie Schindler.


Fonte: alistadeschindler.com

Oscar Schindler foi descrito como um cínico, um explorador ganancioso de escravos durante a 2ª Guerra Mundial, um mercador que fazia comércio no mercado negro, jogador, membro do Partido Nazi eternamente à procura de lucro, um playboy alcoólico, um desavergonhado, um mulherengo do pior tipo.

No início dos anos 60, Oscar Schindler foi honrado em Israel e declarado "Righteous" (Justo) e convidado a plantar uma árvore na Avenida dos em Jerusalém. Uma estátua no Parque dos Heróis louva-o como o salvador de mais de 1200 judeus.

Hoje há mais de 6000 descendentes dos "judeus de Schindler" a viver nos E.U.A., na Europa e em Israel.

Antes da 2ª Guerra Mundial, a população judaica da Polónia era de 3,5 milhões. Hoje são entre 3000 e 4000 pessoas.

Quem era este Oscar Schindler que começou a ganhar milhões de marcos alemães através de uma cruel exploração de trabalhadores escravos e acabou por despender até ao seu último cêntimo arriscando a sua própria vida para salvar os seus 1200 "judeus de Schindler"?

Oscar Schindler nasceu a 28 de Abril de 1908 em Zwittan na Checoslováquia. Os vizinhos mais próximos eram uma família de judeus ortodoxos cujos dois filhos se tornaram nos melhores amigos de Oscar. A família era uma das mais ricas e respeitadas de Zwittan, mas em resultado da grande depressão dos anos 30 a empresa da família foi à falência.

Oscar Schindler ficou desempregado, e juntou-se como muitos outros alemães na sua situação ao Partido Nazi. Foi recrutado pelos serviços secretos alemães para recolher informações sobre os polacos. Esta actividade tornou-o muito considerado e estimado e permitiu estabelecer muitos contactos com oficiais nazis, o que lhe viria a ser muito útil mais tarde.

Deixou a sua mulher em Zwittan e foi para Cracóvia onde se estabeleceu. Com dinheiro de judeus, reabriu uma antiga fábrica de panelas e converteu-a para produção de armamento, empregando 350 judeus, uma vez que estes eram mão de obra barata.

À medida que o tempo passava, o plano nazi conhecido como "Solução Final" começou a acelerar. Schindler viu o terror provocado pelos nazis e começou a encarar os judeus não só como trabalhadores baratos, mas também como pais, mães e crianças expostas à horrível carnificina do projecto nazi de eliminação total dos judeus.

É então que Oscar Schindler decide arriscar um plano para desviar judeus do seu destino provável nas câmaras de gás. Na sua fábrica situada no campo de trabalho em Plazow, nem os guardas nem ninguém sem autorização de Schindler é autorizado a entrar na sua fábrica. Na sua fábrica os trabalhadores passam menos fome que noutras instalações do mesmo género. Quando a quantidade de comida atinge o limite crítico, Schindler compra-a no mercado negro. Os idosos são registados como jovens de 20 anos e as crianças, registadas como adultos. Advogados, médicos e artistas eram registados como metalúrgicos e mecânicos - tudo para poderem sobreviver como elementos essenciais para a industria de guerra. Na sua fábrica ninguém é torturado, espancado ou enviado para as câmaras de gás. Schindler salvou os judeus deste destino.
Por duas vezes será preso pela GESTAPO mas, graças aos seus conhecimentos consegue ser libertado.
Durante estes anos, milhões de judeus foram mortos nos campos de concentração polacos como Treblinka, Majdanek, Sorbibor, Chelmno e Aushwitz (mesmo junto à fábrica de Oscar Schindler)
Quando os nazis foram derrotados na frente Leste, Plazow e os campos vizinhos foram dissolvidos e fechados. Schindler não tinha ilusões quanto ao que ia acontecer. Desesperadamente exerceu a sua influência, através dos seus contactos nos círculos militares e industriais em Cracóvia e Varsóvia e finalmente foi a Berlim para salvar os "seus judeus" de uma morte certa. Com a sua vida em perigo usou todos os seus poderes de persuasão, subornou sem qualquer medo, lutou e pediu...
Onde ninguém acreditaria que era possível, Schindler teve sucesso. Obteve permissão para mudar a sua fábrica de Plazow para Brinnlitz na Checoslováquia ocupada e levar consigo todos os trabalhadores judeus, coisa que mais ninguém havia conseguido durante a guerra. Desta maneira, os 1098 trabalhadores que tinham sido registados na lista de Schindler, não tiveram o mesmo destino fatal que os outros 25000 homens, mulheres e crianças de Plazow que foram enviados para as câmaras de gás de Auschwitz, a apenas 60 kms de Plazow.
Até à Libertação na Primavera de 1945. Oscar Schindler procurou assegurar de todas as maneiras possíveis a segurança dos "seus judeus". Gastou todo o seu dinheiro e mesmo as jóias da sua mulher para comprar comida e medicamentos. Criou um sanatório secreto na sua fábrica com equipamento médico comprado no mercado negro. Aqui, Emile Schindler, a sua mulher, tratava os doentes. Àqueles que não sobreviveram foi dado um funeral judeu (num lugar escondido) pago por Schindler.
Apesar da família Schindler ter à sua disposição uma enorme mansão junto a fábrica, Oscar Schindler compreendeu o medo que os judeus tinham das visitas nocturnas das SS. Em Plazow, Schindler não passou uma única noite fora do pequeno escritório da fábrica.
A fábrica continuou a produzir munições para o exército alemão durante 7 meses. Durante aquele período nenhuma munição passou nos testes de qualidade militar e por isso pôde ser utilizada. Em vez disso, eram produzidos passes militares e senhas de racionamento falsos, uniformes nazis, armas e granadas de mão.
Incansável, Schindler, conseguiu ainda convencer a GESTAPO a mandar cerca de 100 judeus belgas, dinamarqueses e húngaros para a sua fábrica para "continuar a produção de material de guerra".
Em Maio de 1945 tudo acabou. Os russos ocuparam Brinnlitz. Na noite anterior, Schindler juntou toda a gente na fábrica e despediu-se com muita emoção.
Mais tarde, as contas revelaram que Schindler tinha gasto algo como 4 milhões de marcos alemães mantendo os "seus judeus" fora dos campos da morte (uma enorme soma de dinheiro para aquele .

Oscar Schindler e os "1200 judeus de Schindler" sobreviveram. Poldek Pfefferberg, o judeu que ajudava Schindler a arranjar mercadoria no mercado negro para subornar os oficiais nazis durante a guerra, prometeu mais tarde a Schindler contar a sua história: "O senhor protegeu-nos, salvou-nos, alimentou-nos. Nós sobrevivemos ao Holocausto, à tragédia, à dura batalha, à doença, ao espancamento, às mortes! Nós temos que contar a sua história."

A vida de Schindler depois da guerra passou por uma série de fracassos. Tentou sem sucesso ser produtor de cinema e ficou privado da sua nacionalidade imediatamente a seguir à guerra. Na sequência de ameaças contra a sua vida que antigos nazis lhe fizeram pediu permissão aos E.U.A. para ir para a América, tendo-lhe sido recusado o visto por ter pertencido ao Partido Nazi. Depois disto fugiu para Buenos Aires na Argentina. Fixou-se como agricultor em 1946 tendo sido financiado pela organização da União dos Judeus e também de judeus agradecidos que nunca o esqueceram.


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